Estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a concentração de renda aumentou em 2018, reforçando a extrema desigualdade social no país. O rendimento médio mensal de trabalho da população 1% mais rica foi quase 34 vezes maior que da metade mais pobre em 2018. Isso significa que a parcela de maior renda teve ganho médio mensal de R$ 27.744, enquanto os 50% menos favorecidos ganharam R$ 820. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
A pesquisa mostra ainda que esse resultado influenciou o aumento do Índice de Gini, instrumento que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Quanto mais perto de 1, maior a concentração de renda em um país. Em 2018, o índice no Brasil chegou a 0,545, o maior desde 2012.
Confira aqui os dados completos.
Esses estudos comprovam a urgente necessidade de uma ampla e urgente revisão do modelo tributário nacional, com a implantação de um regime progressivo, que alcance a justiça social. É o que propõe a Reforma Tributária Solidária, movimento encabeçado pela ANFIP e a Fenafisco, que acreditam que um sistema tributário justo é capaz de diminuir as desigualdades sociais.
Foto: Camille Perissé/Agência IBGE Notícias