O Conselho Político da Auditoria Cidadã da Dívida reuniu-se nesta quinta-feira (24/10) na sede da OAB, em Brasília, com participação da associada Rita Felicetti e de diversas entidades de servidores públicos dos três Poderes e da iniciativa privada. Foram abordadas importantes questões da crise econômica no país.
Na avaliação de Felicetti, as reformas Trabalhista e Previdenciária pesam justamente na classe mais pobre e não vai melhorar a economia do Brasil. Enquanto isso, explica, a política monetária do Banco Central aumentou em R$ 1,280 trilhão a dívida pública de 2009 a 2018, remunerando a sobra de caixa dos bancos, estes recursos retirados do mercado produtivo geraram desemprego e o fechamento de empresas e indústrias, fazendo decrescer a contribuição previdenciária que até então sempre foi superavitária.
“O financiamento da dívida pública é insustentável, mesmo com a PEC 95 limitando os gastos públicos. Então o mercado financeiro quer a aprovação do PLP 459/17 da securitização, que é uma engenharia financeira que prefeitos defendem, mas vai falir o caixa para as próximas gerações”, explica Felicetti.
Para mudar essa política monetária danosa, Felicetti enfatiza que é preciso impedir a aprovação do PLP 459/17 e do PLP 112/19, que legaliza a remuneração ilegal que tem sido paga aos bancos. “Transparência sobre os detentores dos papéis da dívida pública são as principais bandeiras dos brasileiros esclarecidos que precisam demonstrar que o governo está exterminando servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada. Afinal, o Brasil é a oitava economia mundial e tem imensas riquezas naturais [petróleo, nióbio e outros minerais, água, florestas, matrizes energéticas, clima favorável, terras agricultáveis etc] e riquezas financeiras [R$1,27 trilhão no caixa do Tesouro Nacional, R$1,13 trilhão no caixa do Banco Central, R$1,45 trilhão em reservas cambiais], afirma.