A Previdência Social, o maior programa de redistribuição de renda do país, nesta quarta-feira (24/1), completou 101 anos e foi homenageada em evento realizado na sede da ANFIP, em Brasília, com participação do ministro da Previdência, Carlos Lupi, e do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto.
O presidente Miguel Nôvo afirmou que não conhece nenhum país que tenha um projeto tão abrangente quanto a Previdência Social do Brasil, que abarca mais de 39 milhões de pessoas. Porém, lembrou ainda que muitos trabalhadores têm dificuldades em acessar os benefícios previdenciários. “A ANFIP sempre esteve engajada nesse processo. Ela nasceu no seio da Previdência Social, tendo sido, inclusive, fundada, há 73 anos, por auditores previdenciários daquela época. Temos o DNA da Previdência Social”, disse.
Carlos Lupi alertou para a importância do fortalecimento da Previdência, e destacou que os recursos utilizados são investimentos. “Ao logo dos últimos anos, nós vimos serem destruídos a imagem da Previdência e os direitos dos aposentados e pensionistas, isso é muito grave”. Segundo o ministro, 65% dos municípios só sobrevivem graças ao sistema, que promove distribuição de renda e justiça social.
Lupi também informou que a média de espera para concessão dos benefícios caiu de 80 para 47 dias. O objetivo do ministro e sua equipe é que, até o final do ano, o prazo atinja o limite de 30 dias. “É uma luta difícil. Agradeço o convite, a existência de vocês e a homenagem. Vocês de maneira direta ou indireta são uma espécie de precursores da Previdência no Brasil. A carreira dos Auditores previdenciários foi a primeira categoria a abrir caminhos para que a Previdência se organizasse hoje”, salientou.
Alessandro Stefanutto agradeceu a parceria da Entidade, que sempre colaborou com produção de artigos e estudos científicos relacionados aos campos tributário e previdenciário. “À ANFIP, que é uma companheira de primeira ordem fica meu agradecimento”, declarou.
Na ocasião, também foi comemorado o Dia Nacional dos Aposentados, e entregues placas de homenagem a Carlos Lupi, Alessandro Stefanutto e ao ex-deputado e procurador federal Carlos Mota, autor da PEC 555/2006, que propõe o fim da contribuição previdenciária para os aposentados do funcionalismo público.
Carlos Mota colaborou com diversos projetos de custeio do sistema previdenciário e da seguridade social brasileira. Na oportunidade, Mota falou sobre sua ligação de mais de 30 anos com a ANFIP. “Tenho uma relação muito estreita com essa grande instituição, que tem relevante papel prestado não somente a seus associados, mas, sobretudo, ao Brasil e lutou para que a Previdência não fosse sucateada”.
Além de integrantes dos Conselhos Executivo, Fiscal e de Representantes da ANFIP, também marcaram presença autoridades da Receita Federal do Brasil; o diretor institucional do Comsefaz, André Horta; o diretor da Decipex, Marco Aurélio Alves da Cruz; e dirigentes de diversas entidades parceiras.