A quarta edição do Relatório de Estabilidade da Previdência Complementar (REP) destaca o retorno do superávit agregado do sistema de previdência complementar fechada. O déficit de R$ 16 bilhões de 2017 foi revertido para um superávit de R$ 3,5 bilhões ao final do primeiro semestre de 2019. O resultado líquido positivo atingiu aproximadamente R$13,4 bilhões no período.
A evolução positiva do sistema refletiu na melhora da solvência e na manutenção da liquidez em nível satisfatório. A dinâmica da solvência foi fortemente influenciada pelos resultados alcançados nos investimentos e, também, pelo cumprimento dos planos de equacionamento, que visavam à manutenção da sustentabilidade dos planos de benefícios.
No que tange à gestão de riscos, a redução das taxas de juros para patamares mínimos históricos torna o ambiente econômico mais desafiador para os gestores de recursos de fundos de pensão. O cenário tende a ser mais volátil e exigirá maior diversificação na alocação de recursos. Pelo lado do passivo, as premissas atuariais necessitarão ser revisitadas, aplicando os devidos ajustes de forma tempestiva, de modo a compatibilizar o retorno dos ativos às obrigações passivas.
Essa dinâmica pode contemplar a combinação de ações como a reavaliação da composição e apetite a riscos na gestão dos investimentos, ajustes nos planos de custeio anuais ou, ainda, revisão nas regras de concessão de benefícios.
Por fim, esta edição do REP traz como novidades a apresentação dos Índices de Solvência calculados por cada plano de benefícios e rentabilidades por classe de ativos.
Fonte: Previc