Senadores defendem alteração da PEC dos Precatórios em reunião da Frente do Serviço Público

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As entidades que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público se reuniram nesta segunda-feira (22/11) para avaliar o cenário político dos últimos dias do ano e definir estratégias para o período. Pela ANFIP, estiveram presentes o vice-presidente de Política de Classe e Política Salarial, José Arinaldo Gonçalves Ferreira, que coordenou o encontro, e o assessor de Estudos Socioeconômicos, Vilson Antonio Romero.

Também participaram da reunião os senadores Zenaide Maia (Pros/RN) e Paulo Paim (PT/RS), coordenadores da Frente, que apresentaram a situação da PEC 23/21 (Precatórios) no Senado Federal.  Os senadores são contrários à proposta e afirmaram que o texto não será aprovado como está, pois representa o calote no pagamento de dívidas da União e exclui do Auxílio Brasil mais de 20 milhões de cidadãos de baixa renda que necessitam do benefício. Os parlamentares reforçaram a importância de apresentar emendas alternativas à matéria.

O Senado Federal promove nesta segunda-feira sessão temática para debater a proposta. Vilson Romero afirmou que o debate é importante para ouvir as informações da Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado, que afirma que há outras formas de financiar o Auxílio Brasil. O representante também reforçou a importância da continuidade das mobilizações nas ruas e nas redes sociais contra a PEC 23/21 e a PEC 32/20 (Reforma Administrativa) “Temos que continuar, no mínimo, até 22 de dezembro, quando está previsto o fim das atividades no Congresso”, alertou.

Acerca da Reforma Administrativa, o consultor político da Frente, Vladimir Nepomuceno, informou que, segundo a última reunião do Colégio de Líderes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), decidiu não colocar na pauta da semana pois não quer correr o risco de que a matéria não seja aprovada, portanto, não deve votá-la até as eleições de 2022. “Porém temos 4 meses entre as eleições e o fim do atual mandato, nada impede que no período pós-eleição eles votem, pois não terão nada a perder. Precisamos ficar atentos e acompanhar semanalmente as reuniões do Colégio de Líderes”, completou.

As entidades seguem com as ações unificadas e com o diálogo frequente com os parlamentares para impedir os retrocessos que as matérias trarão, caso sejam aprovadas.