Atendimento básico de saúde é tema do 5º episódio do Nosso SUS

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Dando sequência à série de debates em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), o 5º episódio da minissérie ‘Nosso SUS’, realizado nesta quinta-feira (27/8), debateu o atendimento básico de saúde. Pela ANFIP, participou o presidente, Décio Bruno Lopes que destacou a importância do SUS, e enfatizou que a Entidade está à disposição para defender o que for necessário para que a saúde pública seja disponível a todo cidadão brasileiro.

Foram convidados como palestrantes e debatedores, o Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Pedro Pontual; a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima; a chefe da Unidade de Serviço de Saúde e Recursos Humanos da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Mônica Padilla; e a médica e procuradora do Ministério Público de Contas do Pará, Deila Maia.

Nísia Lima explicou que Atenção Básica à Saúde se sustenta no modelo assistencial da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e que o seu avanço requer fortalecimento da Estratégia por meio de diversas ações, entre elas a formação dos trabalhadores. A debatedora reconhece que “o fortalecimento da ESF e da Atenção Básica é fundamental, não apenas neste momento de enfrentamento à pandemia, mas, que o enfrentamento à pandemia coloca essa questão em destaque”. Além disso, a presidente da Fiocruz, ressaltou que a pandemia certamente terá efeitos sobre a saúde, a economia e a visão da população sobre as instituições públicas.

Mônica Padilla, destacou que na visão da Opas, o direito a saúde não é algo abstrato, mas, algo que se concretiza por meio do acesso à saúde efetivo, de boa qualidade, integral e presente em todo território nacional. “Não há saúde universal sem uma Atenção Básica forte. Na comunidade científica internacional há pleno consenso de que a Atenção Primária em saúde é uma estratégia essencial para a sustentabilidade dos sistemas universais. As evidências mostram que sistemas de saúde com uma base forte na Atenção Básica conseguem os melhores resultados e são mais equitativos”, destacou a representante.

Pedro Pontual contextualizou a relação da Reforma Administrativa com a Saúde.  De acordo com o especialista o Congresso Nacional tem visões incorretas sobre a saúde, influenciadas pelo Ministério da Economia, considerando o salário do servidor público um gasto. “Existe uma visão incorreta na questão da Reforma Administrativa que tem falhas para entender quais são os processos que podem de fato melhorar e qualificar a gestão da administração pública do Brasil”, destacou.

Em relação ao financiamento de serviços públicos de saúde, um dos problemas crônicos do Brasil, Deila Maia, enfatizou a ocorrência do subfinanciamento. “Não adianta garantir o direito à saúde, se não forem assegurados os recursos financeiros para isso. Essa é uma grande luta brasileira porque nós temos muita desigualdade na diferença dos montantes destinados para saúde pública e para a saúde privada”, completou.

O evento foi mediado pela Jornalista do Correio Braziliense e editora do Blog do Servidor, Vera Batista, e exibirá seu último episódio na próxima quinta-feira (03/9). Confira Todos os episódios AQUI. Para mais informações sobre o projeto acesse  https://nossosus.com.br/.