O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), e representantes do governo têm dado diversas entrevistas defendendo o corte de salário do servidor para prorrogar o auxílio emergencial.
Mas, um estudo elaborado por Bráulio Santiago Cerqueira, que é auditor federal de Finanças e Controle, mestre em economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e também um dos integrantes da Comissão de Estudos do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate), defende que a economia em retração precisa é da sustentação, e não subtração do poder de compra das famílias.
O documento aponta nove fatos para responder ao questionamento: “Por que não é uma boa ideia financiar a prorrogação do auxílio emergencial com corte de salários de servidores públicos?”.
De acordo com Cerqueira, cortar salários dos servidores públicos atua na direção contrária ao requerido pela atividade econômica nesse momento: dificulta o pagamento de dívidas e despesas fixas das famílias, reduz o consumo, prejudica vendas e negócios.
O estudo demonstra ainda que o governo federal já possui o dinheiro para pagar a prorrogação do auxílio emergencial sem precisar cortar salários; que não há restrição econômica ao aumento do gasto público este ano; que a economia com a redução de salários é inócua e não representará nem 1% do gasto do governo com a crise; e que é a recuperação da economia e não o corte de gastos na crise que promove a melhoria das contas públicas.
Fonte: Fonacate
Abaixo, confira a íntegra do estudo (baixe em pdf).
Artigo-Braìulio-Cerqueira